quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

New York, New York


Bom... devo admitir que eu tinha um grande preconceito com os EUA e relutei muito a tornar o país como uma das minhas prioridades de viagem. Mas como mudar de ideia é sinal de que pensamos, depois de estudar mais e ver quantas pessoas interessantes amam NY resolvi ir tirar minhas próprias conclusões.

Nesse post não vou falar dos passeios excelentes mas óbvios, como: Central Park, Times Square, Memorial 11 de setembro, Visitar a loja da M&M, Grand Central, Empire State, Rockfeller Center ou sobre os vários museus da cidade. Mas vou tentar falar sobre as coisas diferentes...

Quando decidi ir pra NY comecei a arrecadar um monte de dicas, pois vários amigos já tinham ido e como eles me passaram também as dicas que receberam quando percebi estavam com uma pilha de dicas e visto que eu tinha vários dias acabei fazendo muita coisa e perdendo muito também. A lição que tirei disso tudo é que a primeiro coisa que você deve fazer ao pedir/seguir dicas é descobrir se o viajante tem gostos parecidos com os seus. Isso parece óbvio, mas até então eu não tinha me atentado para isso (talvez por ter sido a primeira vez em que arrecadei tantas dicas). Só fui entender essa dinâmica depois de ter perdido muito tempo procurando uma loja (não me julgue, normal em NY), que de acordo com a dica era imperdível e ter ficado super decepcionada ao chegar! Mas valeu muito eu ter precisado disso para chegar a minha conclusão! hehe Então pra você saber se pode confiar nas minhas dicas, vai lá um pequeno perfil: não sou ligada a marcas, mesmo sabendo que elas podem até durar mais não compro coisas caríssimas. Estou sempre fazendo relações de custo benefício (exageradamente, até). Adoro programas culturais e andar pela cidade um pouco sem rumo e mudando os planos de vez em quando. Morro de preguiça da caça ao tesouro e de traçar o caminho mínimo nas viagens. Aquele momento em que você chega, marca no mapa tudo o que é importante e tenta traçar a menor rota. Se estou viajando é pra curtir a cidade e tentar conhecer um pouco da vida das pessoas ali. Sem desespero! E ainda levar várias coisinhas para minha vida! Hehe Por isso, culpa zero ao entrar em várias lojas! 

Cheguei em NY dia 31 de dezembro de 2012, já com o ingresso da festa de ano novo comprado, pois quase todo mundo sabe que passar ano novo na rua em NY é a maior furada. Frio, muita gente, e nada de especial. O que a gente não sabia é que enfrentaria uma fila de quase 4 horas (que literalmente rodeava um dos grandes quarteirões de NY) para pegar os ingressos da nossa festa. Aí você me pergunta: por que não mandaram entregar? Não foi avareza, é que esse serviço era mesmo indisponível para cartões de crédito que não fossem americanos. Então esse foi meu primeiro choque (ou quebra de paradigma): americanos não são extremamente organizados, americanos furam fila e também deixam coisas para última hora, tal como nós, brasileiros. Mas ao mesmo tempo os americanos de NY tem um transporte público eficiente e que funciona muito bem. Saímos do aeroporto sem precisar pegar taxi, com muita facilidade nos dirigimos ao metrô e a partir dali chega-se em qualquer lugar que um turista queira ficar na cidade. Estávamos em uma ilha dentro da ilha de Manhattan e havia duas opções para chegar: o metrô ou o tram (uma espécie de bondinho). E isso facilitou muito a vida pré e pós horas de fila.

Mas voltando à festa de ano novo, ela não foi boa. Foi barata, se comparada aos padrões brasileiros (mas pode ser um barato que sai caro, quando você se vê obrigado a deixar tips-gorjeta -  para cada bebida que pega). O lugar não era adequado (parecia um hotel onde vários andares estavam separados para a festa, mas todos muito pequenos). Não tinha comida (o que não ficava claro no ingresso) e a música também não era lá essas coisas. Já que estávamos ali nos divertimos, mas não recomendaria, pelo menos não essa festa; Porém recomendo muito NY nessa época do ano. Com várias pistas de patinação no gelo, ainda toda enfeitada e iluminada a cidade fica linda e o meu medo do frio passou rápido, ao ver toda a beleza da cidade. Porém não peguei nenhuma nevasca, como a que aconteceu em 2013. E além disso, recomendo outras coisinhas.




Fiz e foi demais:

The Ride - A propaganda diz que é o melhor show da Broadway e depois de participar acreditei nisso. Dentro de um ônibus que passei pelos principais pontos da cidade os apresentadores vão contando histórias da cidade, interagem com um elenco da rua e com a platéia que está dentro do ônibus. Muito engraçado e divertido. Vale a pena demais. 



Jogo de Basquete: impressionante entrar no estádio, sentir o clima e assistir ao espetáculo que é tanto o jogo quanto os intervalos. Tudo aquilo que a gente vê nos filmes!

Ir no Brooklin: um bairro charmoso e bem diferente da outra parte da cidade. Sem contar que a vista é muito bonita.

BB King: entrei por falta de opção e com um certo preconceito, pois pela localização achei que era um lugar só para turistas. Mas que grata surpresa! O clima do restaurante é ótimo. A música, ao vivo, era de excelente qualidade (Miami Cake & Donuts) e a comida também.

Shack-schack - sanduíche muito bom, que faz valer a pena enfrentar o frio na fila que geralmente percorre o lado de fora.

Max Brenner - Fui pro brunch e até hoje ainda sonho com esse waffle aí de baixo. Se eu tivesse só algumas horas em NY é o doce que eu iria comer.



The Place - restaurante no Soho. Romantico, lindo, e comida deliciosa. Mas teria $$$$ nos guias. Estripulias também fazem parte da viagem e achar um restaurante charmoso que ninguém havia indicado também faz.


Carmines - Restaurante Italiano lotado de turistas, mas tem pratos muito bons, gigantes e preços camaradas. A localização é perfeita para quem está saindo tarde de um show na Broadway.

Pret a manger - paradinha pro lanche ou pra café da manhã. Sanduíches deliciosos com uma proposta super bacana: tudo que não é vendido no mesmo dia é doado aos sem teto.

Fiz e arrependo:

China Town: Praticamente toda cidade Cosmopolita tem uma China Town e a de NY é a pior em que já estive. Feia e suja, fiquei lá apenas algumas horas e desesperada para ir embora. Há quem diga que é lugar obrigatório para quem quer comprar bolsas falsificadas, mas realmente não era o meu foco. Segue uma amostra do que pode ser encontrado:




Lojinhas:

Bed & Bath & Beyond: apelidamos de BBB e essa loja realmente nos deixou loucos, pena (ou sorte) que muita coisa que a gente fica com vontade de comprar é grande e inviável de ser transportada. Meu bolso agradeceu.
TJMax: o paraíso dos perfumes. Achei alguns a preços inacreditáveis.
Century 21: muito falada e faz juz à fama, mas fiquei um pouco desesperada lá dentro, devido às inúmeras opções.
Conway: achei apenas um pequeno site falando dessa lojinha, mas dizia maravilhas sobre elas, ao meu gosto (roupas extremamente baratas) e que duram muito pelo custo. Ou seja: na cabeça da engenheira aqui o custo-benefício altíssimo vez os olhos brilharem! Essa foi também uma luta para achar, mas valeu muuito a pena! Tem coisas horrorosas também e a minha primeira impressão me vez querer sair correndo, mas depois de garimpar fiz ótimas aquisições, como: calças para bater, blusinhas e casaquinhos. (diga-se de passagem o site é muito melhor que a loja física) hehe
Aldo: excelente para sapatos (principalmente masculinos e bolsas).
H&M: dispensa comentários. Eu tenho quase que um vício por essa loja e no fim o namorado já estava mudando os caminhos, pois percebeu que não consigo passar na frente sem ter a compulsão por entrar.
Model Sports: achei que era brincadeira os preços dessa loja. Tudo muito barato, o que nos faz levar bem mais do que precisamos e do que precisamos e do que caiba nas malas!


Ficou pra próxima:

Alguns dos passeios pelo Harley, para ir nas igrejas.
Assistir uma peça de teatro
Comer no Etaly


O fato de deixar alguma coisa pra próxima em NY não é um problema, já que NYC não se visita apenas uma vez. E não marcar todos os itens da listinha de uma vez só dá uma sensação de quero mais. E que seja logo essa próxima visita! :)